sábado, 10 de janeiro de 2015

Sem naming rights, Corinthians precisa de 'rendas malucas' para quitar 1ª parcela de Arena

Não é segredo que o Corinthians entra em 2015 com diversos problemas financeiros. E uma das principais preocupações da diretoria que assumir a presidência do clube após o pleito de fevereiro será quitar a primeira parcela do pagamento da Arena em Itaquera, avaliada em R$ 100 milhões.
O problema é que, sem naming rights acordados, o clube precisará conseguir "rendas malucas" em seu estádio para conseguir os R$ 67 milhões necessários para atingir os R$ 100 milhões da primeira parcela. No valor também podem entrar acordos comerciais na Arena, locação de eventos, venda de camarotes e dos naming rights, que ainda não teve solução.
Somente em 2014, de acordo com oLance, a arrecadação do Corinthians em 2014 foi de R$ 33 milhões para o fundo destinado à Arena FII, administrado pela Odebrecht e Caixa Econômica Federal. Conforme apuração do espn.com, a data limite para atingir os demais R$ 67 milhões são os dias 30 de junho, no caso de empréstimos bancários e dívida com a Odebrecht, e 15 de julho, este para a primeira parcela do empréstimo junto ao BNDES.
Para conseguir o valor apenas com bilheteria, entretanto, a tarefa será árdua. Caso faça o número máximo de jogos possíveis em sua arena no primeiro semestre - o que só acontecerá se chegar à final do Paulista, às quartas da Libertadores e fizer três dos cinco primeiros jogos da Série A em casa -, o Corinthians teria que ter uma média de R$ 3,2 milhões de renda por partida.
Em um cenário trágico, com eliminação na pré-Libertadores, queda na primeira fase do Paulista e apenas dois jogos em casa no início do Brasileiro antes da Copa América, a renda do Corinthians por jogo na Arena para quitar o débito apenas com torcida teria que ser superior a R$ 6 milhões por confronto. A diretoria tem corrido para arrumar soluções, como o amistoso com o Corinthian-Casuals, dia 25 deste mês.
O problema de tudo isso é que a maior renda do Corinthians na Arena até hoje foi de R$ 3,029 milhões, na estreia contra o Figueirense. Depois disso, apenas outros cinco de 17 jogos superaram a marca de R$ 2,5 milhões de arrecadação com bilheteria. De todo o dinheiro depositado até agora no fundo, cerca de R$ 25 milhões são de renda líquida com torcida em 2014.
O Corinthians precisa dos R$ 100 milhões para empréstimos bancários, ressarcir a Odebrecht e pagar o empréstimo de R$ 400 milhões junto ao BNDES, que será amortizado em 16 parcelas mensais e sucessivas a partir de 15/07/2015, com taxa de 3,4% ao ano.

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